Este blogue persegue o interesse comum de disponibilização e intercâmbio de materiais, ideias e opiniões.
Pretende ser um repositório de recursos e experiências sobre as AEC na "Cidade Neve".
Hello!! Queres divulgar uma ficha de trabalho? Falar sobre um livro que aches especialmente adequado para os teus alunos? Relatar uma actividade ou um jogo que eles adoraram? Escreve o teu texto e vê-o publicado no blogue.

See you!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Centro Cultural de Caldas da Rainha apresenta relatório de AEC


O Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha recebeu no dia 30 de Novembro a apresentação do livro com o relatório da implementação das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) no 1º Ciclo do Ensino Básico no concelho das Caldas da Rainha, o primeiro publicado a nível nacional nesta temática.Da autoria de Miguel Oliveira, Raquel Coelho, Rui Matos e Sandrina Milhano, este livro foi publicado pelo Centro de Investigação Identidades e Diversidades, do IPL, e pela Folheto Edições, com o apoio da Associação Nacional de Animação e Educação (ANAE) e da Câmara Municipal das Caldas da Rainha.Pensar a educação e perspectivar uma escola melhor e mais eficaz foi a convicção que levou os autores a empreender este estudo e a aprofundar a problemática das AEC.

O estudo decorre de um protocolo de cooperação estabelecido entre a autarquia das Caldas e a Associação Nacional de Animação e Educação (ANAE), no qual se previa que a ANAE elaborasse um relatório final subjacente ao acompanhamento e avaliação das AEC nas EBI deste concelho. O instrumento utilizado para a recolha de dados foi um inquérito por questionário, que foi administrado a professores titulares, professores da AEC e alunos dos quatro anos de escolaridade do 1º Ciclo.

São apresentadas algumas recomendações que podem ser tidas em conta não apenas nas escolas do concelho, mas de todo o país. “Os problemas que se sentem nas Caldas da Rainha, são os mesmos em qualquer escola do país. Nomeadamente a falta de comunicação entre os professores titulares e os responsáveis pelas AEC”, indicou Miguel Oliveira, presidente da ANAE. “As metodologias utilizadas pelos professores das AEC nas suas aulas; os recursos materiais disponíveis e necessárias para as AEC; as necessidades de formação e a situação laboral dos professores das AEC” são outras preocupações que os autores do relatório consideraram fundamentais divulgar.Na opinião de Miguel Oliveira, a política educativa dos agrupamentos escolares “ainda não conseguiu assimilar estas directrizes do Ministério da Educação que têm em conta a supervisão, participação no planeamento e avaliação das AEC por parte dos professores titulares”.Por isso, as recomendações vão no sentido de acabar com essa falta de comunicação, possibilitando a mudança das metodologias e conseguir que as AEC tenham uma componente mais lúdica “para não serem aulas clássicas”. Isto para não sobrecarregar as crianças.

Para este responsável é importante que “comecem a ser feitas avaliações regulares acerca da implementação destas actividades e dos efeitos que delas decorrem para que, progressivamente, se possam encontrar soluções para os problemas que têm surgido nesta fase inicial”. No entanto, este documento apresenta-se como um instrumento de apoio na compreensão e conhecimento das realidades inerentes à implementação deste tipo de actividades, procurando contribuir para a melhoria do desenvolvimento das AEC nos próximos anos lectivos.

Assim sendo no final do livro estão uma série de recomendações que os autores consideram uma mais valia para a implementação das AEC com mais qualidade, como a introdução de uma semana de formação para os professores das AEC antes do arranque do ano lectivo, definir momentos de avaliação comuns, criar um dossier do docente, seleccionar as modalidades a leccionar em cada uma das escolas de acordo com as respectivas potencialidades espaçais e materiais uma vez que existe uma grande diversidade de contextos, entre outras.

O livro conta com prefácio de Maria do Céu Roldão, considerada como uma das principais especialistas da Teoria de Desenvolvimento Curricular em Portugal.No prefácio, a investigadora refere a necessidade das escolas e professores saberem aproveitar as potencialidades e identificarem as limitações das AEC. O livro surge assim como um importante instrumento nesse sentido. “Conhecer e interpretar para agir e melhorar, eis uma finalidade que só investigações como esta podem ajudar a construir”, refere.

A apresentação do livro no CCC esteve a cargo de Ricardo Vieira, coordenador do Centro de Investigação Identidades e Diversidades. Sobre as AEC, referiu que estas não podem servir apenas para “encher a cabeça” das crianças com mais matérias e sim devem ser efectivamente de enriquecimento. Na cerimónia, a vereadora Maria da Conceição Pereira elogiou a forma como foram implementadas as AEC nas Caldas da Rainha e sublinhou a importância de ser feito um trabalho de avaliação como a que é apresentado neste livro.


Marlene Sousa

Notícia tirada daqui

Sem comentários: